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quinta-feira, 21 de março de 2013

Samba, mulheres, e bebidas... Mas uma senhora de 72 anos o levou à fé e ao sacerdócio

Ivan Paixão só queria tocar as maracas

O jovem Ivan estava muito longe de Deus quando aquela senhora o acolheu como uma mãe, com oração e carinho, e mostrou-lhe um Deus de Amor.

Actualizado 20 de Março de 2013

P.J.G./ReL


Ivan Paixão foi ordenado sacerdote em 2010, na comunidade Canção Nova (www.cancionnueva.com), uma das grandes comunidades católicas carismáticas de origem brasileira.

Mas ele chegou à fé depois de uma vida de "samba, mulheres e bebidas" em São Paulo. O que o aproximou de Cristo foi que queria aprender a tocar as maracas! E a sua mestra, uma senhora de 72 anos, foi quem o acolheu como um filho e o levou a Deus.

Lutas perigosas
"Em certos momentos da minha vida, até aos 14 anos, tinha muitas dificuldades de relação com os meus pais. Meti-me em lutas e em realidades nas quais quase perdi a vida, e quase cometi o erro de ter tirado a vida a alguém", recorda.

"Gostava do samba, conhecia todos os bares de São Paulo e também gostava de ir aos bairros das favelas. Tive algumas amizades boas, mas quando caminhamos sem Deus encontraremos também pessoas que não querem o nosso bem".

"A minha vida caminhou por esse meio: samba, mulheres e bebidas e isso levou-me a uma etapa de vida na qual já vivia um vazio existencial muito grande. E na minha casa havia muitas lutas. A minha mãe punha-se muito doente por minha causa e eu ia caminhando para a marginalidade".

Uma professora de música... E de vida
O jovem Ivan saía então com uma rapariga que apresentou a uma senhora mais velha que era professora de música, porque a ele lhe atraía aprender a tocar as maracas.

Essa senhora falou-lhe de Deus, e mudou a sua vida.

"Uma senhora de setenta e dois anos me veio falar de Deus no dia que fui apresentar-lhe um trabalho. Eu disse: “Então, se ela não faz o negócio, pelo menos para ir a sua casa aprender a tocar a maraca, eu vou. Foi aí quando Deus me tomou!”, recorda.

"Porque ela era uma mulher de muita oração, acolhia-me muito bem, como um filho, e toda a compreensão que não tinha na minha casa eu encontrei na sua casa. Ela começou a evangelizar-me e a minha vida começou a mudar: comecei a deixar a bebida e as mulheres, passei a viver em castidade e ela foi introduzindo-me nas práticas cristãs, através do Rosário e do anúncio de um Deus que me ama, um Deus de Amor. A minha vida ia sendo transformada e fui procurar a reconciliação com a minha família".

Hoje é director de jovens
A sua experiência serve-lhe hoje que é sacerdote. "Deus dá-me a graça de doar-me, como aquela senhora que me evangelizou, e estou servindo também no Instituto Canção Nova, onde sou director espiritual, cuidando dos alunos de lá, que são cerca de novecentos jovens. Posso trazer-lhes algo de experiência, mas sobretudo posso anunciar esse Deus de amor, que um dia me foi anunciado e mudou a minha vida".


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