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quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Esperamos uma força internacional que ajude a dialogar e não a fazer a guerra

Palavras do Bispo de Aleppoe presidente da Caritas na Síria, Dom Antoine Audo, em entrevista à Radio Vaticano


Roma, 27 de Agosto de 2013


“Fiquei realmente muito contente por ter sentido que o Santo Padre se faz próximo a nós, falou sobre a Síria, sobre essa "amada nação", expressou o seu sofrimento e o seu empenho para ajudar a Síria” - afirmou Dom Antoine Audo em entrevista à Radio Vaticano.

Sobre o apelo do Papa à comunidade internacional para que faça todo o possível em prol da paz, pelo diálogo entre as diferentes partes em conflito Dom Audo expressou que “foi realmente uma coisa muito pessoal, muito clara, muito directa... Com esse gesto o Papa transmite confiança a todos nós que agora estamos, sobretudo em Aleppo, numa situação muito difícil. A mensagem do Santo Padre é muito, muito positiva, e foi muito apreciada por grande parte da população”.

A respeito de uma intervenção militar o Bispo de Aleppo afirmou que isso “poderia significar uma guerra mundial. Novamente há esse risco... A situação não é nada fácil! Esperamos que as palavras do Papa para favorecer um verdadeiro diálogo entre as diferentes partes em conflito, para encontrar uma solução, seja o primeiro passo para não usar armas, mas para fazer de modo que as pessoas tenham liberdade de movimento, de viajar, de comunicar, trabalhar... Todo o país agora está em guerra! Esperamos o seguinte: uma força internacional que ajude a dialogar e não a fazer a guerra."

Na breve entrevista Dom Audo falou ainda sobre a total falta de liberdade em Aleppo: "Como situação, no momento Aleppo é a pior! Todos falam isso, comparando com as outras zonas do país. Em Damasco – por exemplo – se pode viajar, o aeroporto funciona, se pode viajar para o Líbano, enquanto em Aleppo não se tem liberdade de movimento! Geralmente, na região litorânea se vive tranquilamente, muitas pessoas em Aleppo fugiram para essa região."



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