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quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Papa Francisco: trabalho intenso enquanto a Itália está de férias

Entre as actividades do papa, uma nomeação, uma audiência com o padre Pepe e o anúncio da visita ao centro de refugiados Astalli


Roma, 28 de Agosto de 2013


Uma audiência privada, uma nomeação e o anúncio de uma visita ao Centro Astalli para refugiados no dia 10 de Setembro: o verão do papa Francisco continua cheio de compromissos de trabalho.

Na manhã do sábado (24), Francisco nomeou o novo secretário adjunto do Supremo Tribunal da Assinatura Apostólica, dom Giuseppe Sciacca, até agora secretário geral do governo do Estado do Vaticano. Depois, recebeu o padre argentino José Maria “Pepe” Di Paola, pároco da favela Villa 21 em Buenos Aires e conhecido como “padre antidrogas” pelo trabalho de integração dos moradores da comunidade. Finalmente, Francisco também anunciou que em 10 de Setembro visitará as estruturas de acolhimento de refugiados no Centro Astalli.

Foi Bergoglio, quanto era arcebispo de Buenos Aires, quem aproximou o padre Di Paola da sua missão na Villa 21, assumida pelo sacerdote como uma vocação especial de apostolado com os esquecidos, vivendo como mais um deles junto com um grupo de outros sacerdotes.

Não é difícil imaginar o afecto do pontífice por este sacerdote e a emoção do pároco da Villa 21 ao reencontrar Bergoglio agora como papa.

No Meeting de Rímini para a Amizade entre os Povos, organizado pelo movimento Comunhão e Libertação na Itália, o “padre antidrogas” contou a sua experiência na quarta-feira passada. Em entrevista a ZENIT, Pepe relatou alguns fatos inéditos sobre o trabalho e sobre o apoio que Bergoglio deu ao grupo nos momentos difíceis. Entre eles, o episódio em que os narcotraficantes o ameaçaram de morte.

Ainda no sábado, o santo padre confirmou que visitará no dia 10 de Setembro o Centro Astalli, em Roma, que abriga e presta assistência a refugiados e a pessoas que pedem asilo.

“O papa foi convidado e respondeu pessoalmente que vem. Agora tudo isto está se realizando”, declarou à Rádio Vaticano o presidente do centro, o padre jesuíta Giovanni La Manna. A visita deverá acontecer de maneira privada, como aconteceu na viagem do papa a Lampedusa, o que exclui as participações e protocolos próprios das visitas oficiais.

“É muito provável”, diz a nota sobre a visita, “que, de acordo com o estilo que o distingue, o papa Francisco saúde pessoalmente os imigrantes que frequentam o refeitório e as outras estruturas do Centro Astalli. O santo padre poderá encontrar muitos refugiados que chegaram a Roma, pessoas que precisam comer, assear-se, consultar um médico, receber remédios e assistência legal e social”.

“O gesto do papa, ao visitar essa estrutura que se encontra no coração de Roma, será um sinal de continuidade e de solidariedade para com as pessoas que foram obrigadas a deixar o próprio país por causa de guerras e de perseguições”, afirmou o sacerdote. “O papa foi claro: precisamos de testemunhos, não de mestres teóricos”.



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