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quarta-feira, 30 de outubro de 2013

CELAM publica memórias do IV Simpósio Latino-Americano de Teologia Indígena

Abrangidos relatos criacionistas dos povos antigos, bíblia, tradição e perspectivas pastorais


Roma, 28 de Outubro de 2013


Neste último dia 23 de Outubro, na sede do Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM) em Bogotá, o Departamento de Cultura e Educação lançou o quarto volume da colecção de teologia indígena “O sonho de Deus na criação humana e no cosmos”, que reúne as memórias do IV Simpósio Latino-Americano de Teologia Indígena, realizado em Lima, no Peru, de 28 de Março a 2 de Abril de 2011. A informação foi veiculada em comunicado de imprensa assinado por Óscar Elizalde Prada.

A apresentação do livro, que contou com a presença do presidente do departamento de Cultura e Educação, dom Pablo Varela, do secretário executivo do departamento, pe. Vitor Hugo Mendes, do secretário geral adjunto do CELAM, pe. Leonidas Ortiz, de dom Felipe Arismendi, bispo de San Cristóbal de las Casas, no México, e de dom Víctor Corral, bispo de Riobamba, no Equador, foi transmitida pela internet na plataforma Episcopo.net. 

Também participaram, como membros da equipe de assessoria em teologia indígena do CELAM, os padres Eleazar López Hernández (México), Paulo Suess (Brasil) e Roberto Tomichá (Bolívia), a irmã Margot Bremer (Paraguai) e a senhora Ernestina López (Guatemala), que foram convocados para colaborar na preparação do V Simpósio Latino-Americano, agendado para 2015 na Bolívia.

Durante o lançamento, o pe. Vitor Hugo explicou que “esta publicação se organiza em quatro partes: (1) os relatos cosmogônicos; (2) bíblia e tradição; (3) perspectiva pastoral; e (4) elementos de conclusão”. Na primeira parte, que ocupa quase a metade das 279 páginas, são apresentados diversos relatos criacionistas que fazem parte da cultura dos povos originários das zonas mesoamericana, andina, austral e do chaco. A segunda parte oferece perspectivas sobre a criação e o cosmos, a partir de diversas considerações hermenêuticas, bíblicas e doutrinais. Mais brevemente, na terceira parte, são propostas algumas pistas pastorais à luz de Aparecida e, na parte final, sugerem-se perspectivas de conclusão.

Sobre o conteúdo do livro, dom Felipe Arismendi destacou que, no tocante à criação, “Deus se manifestou de muitas maneiras. Neste sentido, queremos ser católicos encarnados nos povos originários”. Por sua vez, dom Pablo Varela manifestou que “a tarefa da Igreja sempre está em andamento, inconclusa (…), no serviço dos povos originários que reconhecemos como interlocutores”.

Estas reflexões, assim como os três volumes que a precedem, oferecem uma visão ampla e diversificada dos processos de diálogo e discernimento que a teologia indígena tem amadurecido ao longo da última década, reconhecendo as “sementes do verbo presentes nas tradições e nas culturas dos povos indígenas da América Latina” (DA 529).


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