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sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Até Justin Bieber, apesar dos seus escândalos, tem um director espiritual, com quem lê a Bíblia

O pastor Judah Smith crê que Justin madurará 

Justin Bieber mete-se em muitas dificuldades, mas o seu pastor
assinala que tem bom fundo e está submetido a muita pressão
Actualizado 18 de Novembro de 2013

Álex Navajas / ReL

Alguns podem acreditar que os famosos e Deus são como a água e o óleo: impossíveis de misturar.

E mais se o famoso em questão se chama Justin Bieber: vende milhões de discos, torna loucas as adolescentes de meio mundo e, em mais de uma ocasião, os paparazzi apanharam-no em flagrante fumando charros, armando um escândalo ou saindo, como ocorreu há só uns dias, de um bordel no Brasil depois de um dos seus concertos.

Sem dúvida, a estrela adolescente conta com um “director espiritual”: o pastor evangélico Judah Smith, a quem conta todas as suas intimidades e “malfeitorias”. 
 
A influência da fama
Foi o próprio Justin quem revelou o facto recentemente, quando recomendou aos seus mais de 6,8 milhões de seguidores no Instagram que comprassem um exemplar do livro que acabava de publicar Smith: “Estou orgulhoso do meu pastor. Judah é o melhor pregador da nossa geração. Leiam este livro. Não vos arrependereis”.

Esta breve mensagem bastou para que o livro em questão escalasse em questão de horas até ao posto número 1 de vendas de livros no portal Amazon e para que todos os jornalistas dos Estados Unidos se pusessem à procura do desconhecido pastor. 

Um pastor exigente mas com humor
Desconhecido… Ao menos para os mais afastados da fé, porque Judah Smith (na foto junto a estas linhas), apesar da sua juventude – tem 36 anos -, é um dos pastores com mais força entre os evangélicos estadunidenses.

É o líder da City Church de Seattle, mas é também um convidado habitual em encontros protestantes em ambos os lados do oceano, onde chegou a congregar mais de 60.000 pessoas nas suas pregações.

Sabe misturar sentido de humor, inteligência e exigência evangélica, o que o tornou imensamente popular entre os adolescentes e jovens norte-americanos.

A relação da estrela canadiana e o pastor evangélico começou há três anos, quando Judah Smith recebeu a chamada de Pattie Mallette, a mãe de Justin Bieber – que, além disso, é uma conhecida activista pró-vida.

Esta ia viajar a Seattle, e pediu para falar com Smith, para que tomasse a seu cargo a vida espiritual do seu filho.

Quando Justin apenas era um menino, a sua mãe punha-lhe cassetes de áudio à noute com pregações do pastor evangélico.

“A verdade é que o último que deseja escutar um pregador é que põe as suas palestras para que as crianças adormeçam”, brincou Smith durante uma entrevista que concedeu à cadeia de televisão HLN.

Uma relação sincera, com a Bíblia à mão

Aí começou a relação de ambos. “A minha relação com Justin é uma das mais sinceras que tive na hora de orientar um adolescente”, explica Judah.

“Justin é um jovem extraordinário, que trata de conhecer cada dia mais Jesus em contacto com a sua Palavra, apesar dos desafios e dificuldades que têm de enfrentar cada dia”, acrescenta o pastor evangélico.

“Justin e eu partilhamos as Escrituras de modo habitual e comunicamo-nos”, revela Smith. “E nas Escrituras encontra-se muito consolo e clareza”, sublinha.

Por isso, segundo o pastor, “Bieber costuma consultar com Deus quando tem uma decisão que tomar”.

Um jovem com tendência a errar
Apesar disso, ao ídolo adolescente já se viu fumando marijuana e em atitudes pouco evangélicas.

Isto valeu numerosas críticas a Smith, que responde com um sorriso: “Surpreende-me que as pessoas, e mais os cristãos, te critiquem por ir com pessoas que consideram “mal”. Creio que isto mesmo é o que diziam de Jesus. Para mim é um grande privilégio que me critiquem por acompanhar, querer e escutar a esta gente que comete erros conhecidos por todos”.

Além disso, acrescenta, “dou graças a Deus por não ter tido que suportar aos meus 18 anos as pressões que tem alguém como Justin. Eu não sei como teria reagido”.

“Todos estamos num caminho, num processo de toma de decisões. Assim é a nossa vida.

Vivemos do passado, ou olhamos mais para o futuro? Justin tem claro que tem que olhar o futuro. Estou muito orgulhoso dele”, conclui.


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