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quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Os trabalhadores do Vaticano terão que marcar ponto por decisão do Papa

A partir do 1 de Janeiro se avaliará o seu rendimento. A medida servirá também para recuperar algum sacerdote para a actividade pastoral.


Roma, 27 de Novembro de 2013


Todos os funcionários do Estado do Vaticano, com excepção dos arcebispos e cardeais, terão que marcar ponto com o cartão magnético que já têm, para registar assim a sua jornada de trabalho. O farão a partir do 1 de Janeiro de 2014, de acordo com uma informação que será publicada amanhã pelo semanário italiano Panorama.

Apesar de já ter ficado para trás os tempos em que João XXIII respondeu com uma piada ao jornalista que lhe perguntou quantas pessoas trabalhavam no Vaticano: indicando “Mais ou menos a metade”, o registo das entradas e saídas servirá para medir o nível de trabalho de cada um dos seus quase 3 mil dependentes.

A decisão foi promovida pelo próprio Papa e contou com a colaboração do serviço da Administração do Património da Sé Apostólica (APSA), que é quem paga os salários.

Durante anos tentou-se colocar este controle de assistência, mas o projecto sempre fracassava devido ao obstrucionismo dos interessados. Dessa forma, o pontífice argentino passou das palavras aos factos na sua própria casa, onde já é conhecido o seu hobby de ir apagando as luzes dos corredores das casas. “Economizando luz se paga um salário a um pároco”, afirmou mais de uma vez Francisco.

Aqueles que conhecem o Santo Padre dizem que esta medida permitirá principalmente optimizar o uso do pessoal na Curia romana e recuperar algum sacerdote para a actividade pastoral.

A obrigação de Marcar ponto suscitou o descontentamento, especialmente entre aqueles que temem um controle muito rígido e não leve em conta outras actividades fora dos muros do Vaticano.

Equipada com um chip capaz de localizar a qualquer momento onde se encontra o seu proprietário, o cartão serve também para ter acesso aos serviços de assistência sanitária, as caixas electrónicas, o mercado, os refeitórios e os postos de gasolina dentro do Estado da Cidade do Vaticano.


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