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quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Bispo auxiliar de Chicago foi a Cuba para implementar projectos de parceria

Dom John Manz: a Igreja quer que os cubanos aprendam a Doutrina Social Católica para abrirem seus negócios


Roma, 23 de Janeiro de 2014 (Zenit.org) Sergio Mora


O bispo auxiliar de Chicago, dom John Manz, fez uma visita a Cuba de 10 a 17 de Janeiro, passando pelas dioceses de Holguín e Santa Clara, para revisar os projectos financiados pela Igreja Católica norte-americana. A informação é da Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos (USCCB), que acrescentou que, em 2012, depois do devastador furacão Sandy, a diocese de Holguín recebeu recursos para a reconstrução de igrejas, projectos pastorais e ajuda para estudantes universitários.

O comunicado também destaca que o bispo auxiliar de Chicago considerou “importante o apoio da Igreja dos Estados Unidos à Igreja de Cuba, especialmente nesse tempo de mudanças”. A Igreja quer garantir que os cubanos aprendam a Doutrina Social Católica à medida que abrem os seus próprios negócios, dando prioridade às pessoas sobre a economia.

Manz disse que “a interacção é a melhor forma de melhorar os direitos humanos e avançar nas relações com esta nação. Algumas mudanças permitiram que os cubanos abram empresas, realizem actividades religiosas com mais liberdade e viajem para o exterior”.

Neste novo contexto, “também queremos apoiar a Igreja em Cuba, agora que o apoio que ela dá às pessoas na sociedade civil é reconhecido”.

Sobre o trabalho que a Igreja católica está fazendo na Ilha, a agência de notícias Fides destacou na semana passada: “Em menos de um ano, a Igreja em Cuba lançou um novo projecto para a formação de agentes no mundo comercial, o que se junta a outros dois projectos para os novos empresários, geridos pela Companhia de Jesus e pelos Irmãos das Escolas Cristãs (La Salle), além de outro que está a cargo da arquidiocese de Havana”.

Desde 1962, o sistema político e económico de Cuba tem sido uni-partidário e estadista, identificado com o marxismo-leninismo. A maioria dos meios de produção está nas mãos do governo, assim como a força de trabalho.

Desde 2010, porém, o presidente Raúl Castro vem levando adiante um processo de abertura económica e concedendo licenças para empresas privadas e cooperativas. Graças a isto, a iniciativa privada emprega hoje 23% da força de trabalho do país, que é de 5,1 milhões de pessoas em total. Os 77% restantes continuam trabalhando para o Estado.

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