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terça-feira, 25 de março de 2014

Como construir uma convivência inter-religiosa feliz?

Responde o grupo canadense Path of Abraham, composto por judeus, muçulmanos e cristãos, durante o encontro em Nazaré organizado pela mesquita local e pelo Patriarcado Latino de Jerusalém


Roma, 24 de Março de 2014 (Zenit.org)


"Como construir uma convivência inter-religiosa feliz?": foi nesta pergunta que se baseou o encontro realizado na semana passada em Nazaré, na Terra Santa, envolvendo um grupo de judeus, cristãos e muçulmanos vindos de Toronto, no Canadá. São os membros grupo Path of Abraham [Caminho de Abraão], que, durante o evento, discutiram a contribuição da religião no mundo contemporâneo para a construção da paz entre os povos e entre as culturas.

Conforme relatado pelo site oficial do Patriarcado Latino de Jerusalém, a organização do encontro foi confiada à mesquita de Nazaré e a animação a dom Giacinto Boulos Marcuzzo, vigário patriarcal latino para Israel, em parceria com o superintendente da mesquita, xeque Atef Fahoum, e os três líderes do grupo canadense, o rabino Byron F. Kohl, o pe. Damien MacPherson e o imã Abdul Hai Patel.

A iniciativa envolveu 32 pessoas e teve o objectivo de promover a convivência pacífica entre as diferentes religiões na esteira do encontro inter-religioso presidido pelo papa Bento XVI em maio de 2009, justamente em Nazaré.

À questão-tema do evento, ou seja, de que forma é possível viver em harmonia apesar da diversidade, dom Marcuzzo respondeu: "Jesus não rejeitou nem desprezou a diversidade do homem, mas a assumiu e tornou-se ele próprio um homem, elevando o homem e criando uma profunda unidade humana".

"Em várias ocasiões, surgiram problemas nas relações com outras religiões", observou, por sua vez, Atef Fahoum. “Mas esses problemas não devem ser considerados como uma expressão da comunidade muçulmana, e sim de pequenos grupos fundamentalistas e politizados”. Fahoum ressaltou que "a mesquita e a Igreja da Anunciação têm sido tradicionalmente o centro da cidade de Nazaré", bem como o símbolo "da sua secular coexistência pacífica". Os habitantes de Nazaré, declarou Fahoum, “me chamam de ‘imã da Anunciação’, e, ao meu irmão, de ‘bispo da mesquita branca’".

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