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quinta-feira, 26 de junho de 2014

Mães dos adolescentes sequestrados em Israel vão à ONU

Naftali Frenkel, Eyal Yifrah e Gilad Shaer foram sequestrados voltando da escola para casa no dia 12 de Junho


Roma, 25 de Junho de 2014 (Zenit.org) Rocio Lancho García


Rachel Frenkel é a mãe de Naftali, um jovem de 16 anos que, junto com Gilad Shaer e Eyal Yifrah estão desaparecidos desde o dia 12 de Junho. Os três jovens judeus foram sequestrados na Cisjordânia enquanto voltavam das escolas religiosas numa colónia israelita.

As três mães, com Rachel como porta-voz, vieram ao Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, em Genebra, para pedir que a comunidade internacional ajude-as a trazer os três rapazes de volta para casa com suas famílias.

"Meu nome é Rachel Frenkel, e moro em Israel. Hoje eu vim aqui como uma mãe. Há dois dias meu filho Naftali e outros dois estudantes adolescentes, Eyal Yifrah e Gilad Shaer (cujas mães estão sentadas atrás de mim) foram sequestrados no caminho de casa, voltando da escola. Desde então, não ouvimos nada - nenhuma notícia, nenhum sinal de vida", disse a mulher.

A mãe explica o que aconteceu naquele dia: "meu filho me enviou uma mensagem, e depois foi embora. O pesadelo de toda mãe é esperar e esperar sem cessar pela volta do seu filho para casa. Por outro lado expressa "nossa profunda gratidão pelas ondas de oração, apoio e energia positiva, vindas de todo o mundo".

Aproveitando a oportunidade de estar presente nesta reunião, a Sra. Frenkel agradeceu ao Secretário-Geral da ONU "por condenar o sequestro de nossos meninos, expressando sua solidariedade com as famílias, e pedindo a sua libertação imediata." Além disso, agradeceu a Cruz Vermelha Internacional "por estabelecer claramente que o direito internacional humanitário proíbe a prisão de reféns, e por exigir a libertação imediata e incondicional de nossos meninos."
Ao mesmo tempo, a mãe de Naftali disse em seu discurso que acredita que "é possível fazer muito mais - e deve ser feito - por muitos". "É por isso que nós, as três mães, viemos aqui hoje - diante das Nações Unidas e do mundo - para pedir que todos façam o melhor possível para trazer de volta os nossos meninos", afirma Rachel.

No final disse que "não está bem levar crianças, meninos ou meninas inocentes e usá-los como instrumentos de luta. É cruel. Este Conselho é responsável pela protecção dos direitos humanos. Quero perguntar: Nem todas as crianças têm o direito de voltar para casa em segurança da escola? Só os queremos de volta em nossas casas, nas suas camas. Só queremos abraça-los novamente”.

Este duro episódio no conflito Israel-Palestina acontece há pouco mais de duas semanas do dia 08 de Junho, quando os Jardins do Vaticano organizaram um acontecimento único: o então presidente de Israel, Shimon Peres, e o presidente palestino, Mahmoud Abbas, se reuniram no Vaticano a convite do Papa Francisco para realizar uma oração pela paz.

O Papa fez este convite durante a sua viagem à Terra Santa, quando pediu que os dois líderes “levantassem juntos uma intensa oração pedindo a Deus o dom da paz. Ofereço a minha casa no Vaticano para acolher este encontro de oração”.

Nessa ocasião, Francisco observou que "para conseguir a paz, é necessário coragem, muito mais do que para fazer a guerra. É preciso coragem para dizer sim ao encontro e não ao confronto; sim ao diálogo e não à violência; sim à negociação e não à hostilidade; sim ao respeito dos acordos e não às provocações; sim à sinceridade e não à duplicidade. Para tudo isso é preciso ter coragem, uma grande força de espírito”. Trad.TS

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