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quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Que os muçulmanos sejam mais corajosos em rejeitar a violência dos jihadistas

O patriarca caldeu, Sako, lembra que o Isis não é a religião de Maomé e pede que se saiam às ruas para testemunhar qual é o verdadeiro Islão


Roma, 22 de Outubro de 2014 (Zenit.org)


Uma "frente comum" de todo o povo do Iraque, cristãos ou muçulmanos, para vencer a violência brutal do Estado Islâmico. É o que pode o patriarca caldeu Mar Louis Raphael I Sako. O prelado, depois de ter participado nas últimas semanas dos trabalhos do Sínodo sobre a família e do Consistório dedicado aos cristãos do Oriente Médio, encontra-se nesses dias em Milão para um congresso.

Encontrado pela agência Asia News, o patriarca lembra que o Isis não é a religião de Maomé, e "que o Nusra e o Al-Qaeda não representam" o mundo muçulmano: "Em várias ocasiões pedi para que saiam às ruas para testemunhar qual é o verdadeiro Islão. Nós acreditamos, mas é preciso falar abertamente”.

O patriarca caldeu recoloca a confiança, então, no mundo muçulmano e nos líderes religiosos que rejeitam as violências dos terroristas; No entanto, acrescenta, "esta falta de coragem" no repudiar os ataques, barbáries e brutalidades dos jihadistas não ajuda. Há uma necessidade, de fato, de uma forte “rejeição pública” das violências cometidas aos “inocentes, atacados só porque professam outra religião”.

Além disso, Mar Sako enfatiza a necessidade de um testemunho concreto de proximidade, moral e espiritual, porque as pessoas também precisam disso: “Por muito tempo fomos uma Igreja isolada – afirma – portanto, agora, seria necessário visitas, exemplos de vida comum. Grupos de jovens, irmãs, leigos, sacerdotes do Ocidente em visita às famílias cristãs do Iraque, ir às casas e entre as pessoas, isso pode ajudar bastante, e mais do que o dinheiro”.

Tendo em vista o Advendo e o Natal, o prelado pede para encontrar os refugiados iraquianos para “levar um panetone para cada família”, como “sinal concreto de proximidade e de solidariedade” entre estas pessoas que vivem ainda hoje no medo, desilusão, desconfiança por uma guerra que poderia durar provavelmente anos. Pelo menos de acordo com os anúncios do governo dos Estados Unidos.

No entanto, adverte Sako, "apenas com os bombardeios aéreos não pode se derrota o Estado islâmico, mas se fazem outras vítimas inocentes". Por esta razão, muitas famílias decidem fugir; também "a atitude de alguns sacerdotes, que incentivam esse fenómeno, não ajuda, mas deve ser condenada".

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