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quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Francisco sobre abusos em Granada: Não devemos esconder a verdade

O Santo Padre respondeu as perguntas dos repórteres no voo de volta de Estrasburgo


Roma, 26 de Novembro de 2014 (Zenit.org)


A carta de denúncia “eu a recebi pessoalmente. Li e liguei para a pessoa e disse: você, amanhã, vai ao bispo. E escrevi ao bispo para que começasse o trabalho, que fizesse a investigação e seguisse adiante. Como recebi a notícia? Com grande dor. Grandíssima dor. Mas, a verdade é a verdade e não devemos escondê-la”.

Com estas palavras o Papa Francisco explicou durante a conferência de imprensa no avião voltando de Estrasburgo, como ele recebeu a denúncia de abusos sexuais em Granada, como informou a rede espanhola de rádio COPE.

O caso chamou a atenção do público quando na segunda-feira passada alguns meios de comunicação espanhóis publicaram a notícia de um jovem espanhol, que tinha escrito ao Santo Padre para contar-lhe os abusos que sofreu quando era menor. Esta pessoa recebeu a ligação do Papa que lhe pediu perdão em nome da Igreja e lhe incentivou a denunciar os factos.

Posteriormente, o jovem formalizou uma denúncia por abusos, na Procuradoria Superior de Andaluzia, contra todos os implicados, pelo menos uma dúzia, entre sacerdotes e leigos, de diferentes residências da província.

Nesta segunda-feira foram detidos três sacerdotes e um leigo, para dar declarações. Além do mais, outra pessoa apresentou em um tribunal uma nova denúncia de abusos sexuais.

O Tribunal Superior de Justiça de Andaluzia (TSJA) informou em um comunicado que os detidos vão à justiça no prazo máximo de 72 horas, quando as forças e corpos de segurança do estado concluam as suas investigações.

A primeira fase da investigação deste caso culminou com a tomada de depoimentos de mais de uma dúzia de indivíduos e a prisão dessas quatro pessoas que são consideradas as “principais” nesta matéria.

A Polícia Judiciária está realizando um trabalho “minucioso”, também no que diz respeito à origem das propriedades das pessoas que supostamente estão envolvidas nos abusos.

O caso, que está marcado como segredo sumário, está em curso no âmbito da investigação.

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