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quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Jornada mundial da hanseníase: o papa recorda os enfermos

A Igreja administra 648 centros de atendimento a portadores da doença


Cidade do Vaticano, 27 de Janeiro de 2015 (Zenit.org)


Foi celebrada neste domingo, 25 de Janeiro, a 62ª Jornada Mundial da Lepra, instituída em 1954 pelo escritor e jornalista francês Raoul Follereau. Durante a oração do ângelus, o papa Francisco manifestou a sua solidariedade a todas as pessoas que sofrem esta doença, bem como àquelas que cuidam dos enfermos e às que lutam para eliminar as causas do contágio. “Renovemos o compromisso solidário para com esses nossos irmãos e irmãs!”, exclamou o papa.

A Igreja missionária tem uma longa tradição de serviço aos enfermos de lepra, que, historicamente, sofriam o frequente abandono inclusive da própria família, e sempre lhes ofereceu, além da atenção médica e da assistência espiritual, possibilidades concretas de recuperação e de reinserção na sociedade. Em muitos países ainda existe uma grave discriminação contra esses doentes. A agência Fides destaca exemplos de missionários santos que dedicaram a vida a aliviar o sofrimento dos enfermos de lepra, “como São Jozef Daamian De Veuster, SSCC, universalmente conhecido como o ‘apóstolo dos leprosos’ de Molokai; Santa Marianna Cope, OSF, que passou 35 anos em Molokai, junto com outras irmãs, ajudando o pe. Daamian na sua tarefa; o beato Jan Beyzym, SI, que cuidava dos leprosos de Madagascar; a beata Madre Teresa de Calcutá; os servos de Deus Marcello Candia e Raoul Follereau”, entre outros tantos.

Segundo os dados levantados pela Fides, “a Igreja administra [em 2014] 648 centros de atenção a portadores da hanseníase em todo mundo. São 81 a mais que no ano anterior [2013]”. Na África são 229; nas Américas, 72; na Ásia, 322; na Europa, 21; na Oceania, 4. Os países com o maior número de centros são a Índia (258), a Tanzânia (32), a República Democrática do Congo (27), Madagascar (26), o Brasil (25) e a África do Sul (23).

A hanseníase é uma doença que tem cura. Desde 1995, a OMS “proporciona gratuitamente a todos os doentes de hanseníase em todo o mundo um tratamento multimedicamentoso simples, mas muito eficaz para todos os tipos de lepra”.

A OMS também considera que a eliminação mundial da lepra, ou seja, uma taxa de prevalência mundial de menos de 1 caso para cada 10 mil habitantes, foi conseguida no ano 2000. Ao longo dos últimos 20 anos, com o tratamento multimedicamentoso, 16 milhões de pacientes com lepra foram curados, 4 milhões dos quais do ano 2000 para cá. A doença foi eliminada em 119 dos 122 países em que constituía um problema de saúde pública no ano de 1985.

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