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sábado, 24 de janeiro de 2015

Violada, descobriu por surpresa a sua gravidez; não abortou e o médico que o propôs chorou

Concebido na violência, o bebé é um presente de Deus, disse 

Deu-se conta de que estava grávida durante um cruzeiro,
os médicos impulsionavam-na a abortar, mas ela reconduziu a situação
Actualizado 21 de Dezembro de 2014

Portaluz/SaveThe1.com

Jennifer Christie (não é o seu nome real), esposa e mãe de cinco filhos, residente na Carolina do Norte (EUA), foi violada numa viagem de negócios. Descobriu por surpresa que estava grávida.

Muitas pessoas no seu ambiente, e médicos, propunham-lhe abortar, e inclusive davam por suposto que era a única coisa que podia fazer. Mas ela enfrentou tudo de outra maneira mais esperançada. Este é o seu testemunho na primeira pessoa.

***

No passado mês de Janeiro eu estava em viagem por negócios e hospedei-me no pequeno hotel de uma cidade universitária [a protagonista decidiu a reserva de certos nomes por decisão da sua família; ndr].

No geral costumo estar atenta ao que sucede no meu redor, mas o lugar estava tão coberto de neve e com vento que não teria escutado os seus passos inclusive se ele tivesse pisado forte. Sucedeu tão rápido! Abri a porta, virei-me para fechá-la, e ali estava ele, um homem enorme. O meu primeiro instinto não foi de medo, mas sim só confusão. De imediato ele deu-me um murro na cara. Eu não me recordo que me tenha tirado do quarto, mas ao recuperar a consciência encontrei-me na escada… Não sei como, talvez eu tentava ir em busca de ajuda…

Os exames do protocolo de violação deram resultados negativos para o VIH, a gonorreia, a clamídia, sífilis, herpes, e dúzias de outras coisas das quais nunca tinha ouvido falar. «Deus é misericordioso», pensei.

Para o mês seguinte, tinha programado trabalhar num cruzeiro. O segundo dia depois de embarcar-me fui atingida por uma repentina disenteria que não superei com os antibióticos. Quando atracámos em Cartagena (Colômbia) levaram-me ao hospital para ver que sucedia comigo. Preocupados pelos meus problemas intestinais, levaram-me a realizar um ultra-som… E então vimos a pequena ‘ervilha’, o meu filho.

De regresso ao barco, partilhei aos médicos uma versão abreviada da minha história. Eles puseram-me em quarentena! Evitar suicídio? Temiam que por algum surto psicótico eu saísse correndo nua pelo barco? Quem sabe.

O real é que a semana seguinte a passei escutando a equipa de médicos e enfermeiras que com as suas boas intenções procuravam consolar-me e para isso me diziam o “fácil” que seria “resolver o assunto” (matar a criança) para que eu pudesse volver a começar…

Fácil!?

Houve um montão de incómodas questões que discuti chorando em cada chamada telefónica que fiz para casa essa semana, mas nunca considerei nem saiu dos meus lábios o "resolver o assunto" (abortar-matar o bebé).

Tampouco o meu marido.

Quando lhe disse que estava grávida, disse-me com voz tranquila e firme:

- Está bem. Está bem... Bem... Tudo está bem.

Eu perguntei-lhe:

- Que queres dizer com que tudo está bem?

- Quero dizer que podemos fazer isto. Vamos seguir em frente. Tudo irá bem. E que... Encantam-me os bebés! Isto é um presente. Isto é algo bonito que vem depois de algo terrível. Podemos fazer isto.

E nesse mesmo momento comecei a sentir os alegres movimentos da nova vida no meu ventre, florescendo no meu coração. Este novo amor que cresceria com tal força que esmagaria qualquer inquietude ou angústia. E o meu marido estava certo. Poderíamos fazê-lo.

Na minha última manhã a bordo do navio, disse à equipa que me cuidava:

- Se alguma vez se recordarem disto, se alguma vez se perguntaram o que me aconteceu, pensem só em que terei tido um bonito bebé em Outubro de 2014.

Recordo bem a sua reacção, a expressão dos seus rostos e as lágrimas nos olhos do médico que tinha insistido com mais veemência no aborto.

Pela primeira vez, pensei nesse momento como Deus pode usar isto, este pesadelo que tinha tido que suportar. Usa-me, Senhor Jesus!

Durante a minha gravidez estive ingressando e saindo do hospital por um par de meses, mais dentro que fora. Tinha pré-eclampsia, hipertensão arterial, e convulsões não controladas.

Foi aterrador quando me internaram na semana 26 e disseram que poderia ter o meu bebé nessa noite… Estava desesperada. Eu queria que o meu filho vivesse! Superámos esse momento, passaram as semanas até que ele chegou aqui, a salvo, aos meus braços.

O nosso filho pequeno foi concebido na violência, mas ele é um presente de Deus que fez completa a nossa família. Estou tão agradecida de ter podido estabelecer vínculos com outras mães que também ficaram grávidas por violação! Somos sobreviventes, não as vítimas. O meu filho curou-me.



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