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quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Líbia: a Santa Sé apoia uma ofensiva liderada pela ONU

Após uma reunião bilateral com a Itália, o Cardeal Parolín indicou que qualquer intervenção armada deve respeitar o direito internacional


Roma, 18 de Fevereiro de 2015 (Zenit.org)


No aniversário do Tratado de Latrão, o secretário de Estado da Santa Sé, o cardeal Pietro Parolin, reuniu-se nesta terça-feira, 17, na Embaixada da Itália junto à Santa Sé com o Presidente da República, Sergio Mattarella; o primeiro-ministro Matteo Renzi; o ministro das Relações Estrangeiras, Paolo Gentiloni; e a Ministro de Defesa, Roberta Pinotti, entre outros, com os quais abordou a crise na Líbia e as recentes ameaças terroristas que a Itália enfrenta.

Com o avanço das milícias do autoproclamado Estado islâmico na Líbia, o cardeal Parolin disse que "é preciso intervir rápido, mas sob a égide da ONU", informou a Rádio Vaticano. Ou seja, é necessário um amplo consenso internacional.

Após a reunião bilateral, de acordo com vários meios de comunicação locais, o secretário de Estado disse que "qualquer intervenção armada deve respeitar o direito internacional e, portanto, deve ser uma iniciativa das Nações Unidas". "Há uma ameaça. A situação é grave e requer uma resposta unânime da comunidade internacional. Exige uma resposta rápida, o mais rápido possível, das Nações Unidas", acrescentou.

As declarações do Cardeal vêm em meio a um debate no qual a Itália está envolvida sobre a necessidade de intervir militarmente na Líbia, depois que o governo ordenou o fechamento de sua embaixada em Trípoli e os italianos que residem neste país terem sido repatriados.

Por sua parte, o presidente do Egito, Abdel Fattah Al-Sisi afirmou nesta terça-feira à comunidade internacional que aprove uma resolução no Conselho de Segurança das Nações Unidas para lançar uma coligação internacional que ataque as posições do grupo jihadista na Líbia.

"Não há escolha", disse o presidente do Egipto, em uma entrevista à estação de rádio France 1, dias depois dos militantes do ramo líbio de Daesh (Estado Islâmico, por sua sigla em árabe) decapitarem 21 cristãos coptos egípcios.

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