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sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

"Nenhuma violência, abuso, ódio ou divisão pode fechar nosso coração à esperança"

Saudação do Cardeal Sandri no final da Divina Liturgia de ontem, em Santa Maria Maggiore, com os bispos ucranianos em visita ad limina


Roma, 20 de Fevereiro de 2015 (Zenit.org)


"Esta Basílica, tão cara à memória dos Orientais em Roma, hoje, resplandece com uma luz especial. Não me refiro ao esplendor dos mosaicos, mas à luz que pode ser vista em seus corações e em seus rostos. É a luz daquele que, ainda no cansaço e na dor, ora e espera, e se compromete diariamente a semear sementes de reconciliação e de paz, sem nunca se cansar”.

Com essa sugestiva imagem o Card. Leonardo Sandri, prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, começou a sua saudação no final da Divina Liturgia pela Paz na Ucrânia, acontecida ontem à tarde na Basílica Papal de Santa Maria Maior.

A celebração aconteceu no contexto da visita Ad Limina dos bispos da Ucrânia e da sua peregrinação aos túmulos dos Apóstolos. Hoje foram recebidos pelo Papa Francisco.

O cardeal Sandri ressaltou que a fé do bispo deve se assemelhar à fé de Maria cujo “fogo não se extinguiu e continuou a arder também em meio à densas trevas que envolveram a terra quando Jesus foi levantado na Cruz e alimentou a certeza de que Deus permanece fiel à sua promessa de salvação, mesmo no silêncio do sábado, quando o corpo de Cristo foi colocado no sepulcro”.

De Maria Santíssima, também, recebemos hoje “a certeza de que nenhuma pedra de sepulcro humana, que traz em si as violências, os abusos, os ódios e as divisões, pode fechar o nosso coração à esperança”. E “o primeiro sinal da salvação de Deus que já obra entre nós é justamente o de estar reunidos como povo, como ecclesia, para invocar e suplicar”.

"Deus - acrescentou o cardeal – nos arranca da solidão e do desespero que poderiam tomar-nos diante da violência e da guerra que já ceifaram muitas vítimas na amada Nação da Ucrânia e nos faz experimentar a força e beleza de sermos Igreja”.

O apelo do prefeito do Dicastério para as Igrejas orientais é, portanto, de “comprometer-nos para sermos construtores de paz e de reconciliação”. Pediu, por fim, à “Maria Santíssima, Rainha da Paz”, para que “interceda pela Ucrânia e por todos os seus filhos que hoje suplicantes recorrem a Ti!” 

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