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terça-feira, 31 de março de 2015

A Tunísia vai às ruas contra o terrorismo

Protesto encabeçado pelo presidente e por líderes de vários países reuniu milhares na capital


Madrid, 30 de Março de 2015 (Zenit.org) Ivan de Vargas


A capital da Tunísia registou neste domingo um protesto massivo contra o terrorismo, após o atentado de 18 de Março no Museu do Bardo, que matou 22 pessoas de diversas nacionalidades e foi reivindicado pelo auto-proclamado Estado Islâmico.

A manifestação teve carácter internacional, com a participação do presidente francês François Hollande, do presidente palestino Mahmud Abbas, do primeiro-ministro italiano Mateo Renzi, do presidente da Polónia Bronislaw Komorowski, do ministro de Assuntos Exteriores da Espanha José Manuel García-Margallo e de vários líderes árabes, que encabeçaram a marcha junto com o presidente tunisino Beyi Caid Essebsi.

Cerca de 25 mil pessoas participaram da concentração “A Tunísia contra o terrorismo” e lotaram a Avenida 20 de Março, onde se encontra o museu de pré-história, etnografia e colecções africanas. Participou também uma vasta delegação inter-religiosa formada por representantes de comunidades muçulmanas, judaicas e cristãs, além de turistas que se uniram à marcha.

Depois da manifestação, o presidente da Tunísia inaugurou uma placa comemorativa na porta do museu, onde centenas de pessoas elevaram cartazes com os nomes dos falecidos.

“Hoje, o mundo é o Bardo e eu estou completamente do lado dos que trabalham por uma Tunísia livre, aberta, democrática e contra o terrorismo”, afirmou a chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Federica Mogherini. Em comunicado, a política italiana destacou a reacção dos tunisinos diante do golpe terrorista. Esta é “uma prova que confirma o quanto eles estão comprometidos com a defesa da sua democracia e da estabilidade da Tunísia”, acrescentou.

Horas antes da marcha, Essebsi anunciou que unidades especiais da Guarda Nacional tinham matado o autor intelectual do atentado e outros oito terroristas, numa operação realizada no sábado à noite na região de Gafsa, próxima da fronteira com a Argélia.

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