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quinta-feira, 30 de abril de 2015

Francisco: a pobreza é o grande ensinamento de Jesus no Jordão

O Santo Padre envia uma mensagem de vídeo para os sem tecto, actores de um espectáculo


Roma, 28 de Abril de 2015 (Zenit.org) Rocio Lancho García


Quem acha que é possível aprender algo com um sem tecto? Quem pensa que ele pode ser um santo? Isso é o que o Papa se pergunta em uma vídeo mensagem dirigida aos hóspedes dos centros de acolhida da Cáritas diocesana de Roma. Os destinatários destas palavras do Papa são, além do mais, os protagonistas do espectáculo “Se não fosse por você” que se apresenta hoje no Teatro Brancaccio. A obra “conta experiência verdadeiras, difíceis, de abandono e marginalização” vividas pelos protagonistas.

Francisco diz no vídeo, que nesta noite os artistas farão do cenário “um lugar de onde transmitir ensinamentos sobre o amor, sobre a necessidade do outro, sobre a solidariedade, sobre como nas dificuldades se encontra o amor do Pai”.

Depois, explica que “a pobreza é o grande ensinamento que Jesus nos deu quando desceu nas águas do Jordão para ser baptizado por João Baptista". Não o fez – lembra o Santo Padre – por necessidade de penitência, de conversão; o fez porque queria colocar-se no meio das pessoas, das pessoas necessitadas de perdão, no meio de nós, pecadores, e carregar o peso de nossos pecados. Dessa forma afirma que “este é caminho que escolheu para consolar-nos, salvar-nos, libertar-nos da nossa miséria. Ou seja, o que nos dá a verdadeira liberdade, a verdadeira salvação e a verdadeira felicidade é o seu amor cheio de compaixão, de ternura e de partilha”.

Por outro lado, Francisco assegura aos presentes que eles “não são um peso para nós”, mas “a riqueza sem a qual nossas tentativas de descobrir o rosto do Senhor são vãs”.

Recordando a carta que recebeu deles poucos dias depois de sua eleição como papa, afirma que, assim como lhes respondeu em seu devido momento, leva-os "no coração e estou à vosso dispor".

O Santo Padre agradeceu os trabalhadores da Caritas e indica que sente-os “como minhas mãos, as mãos do Bispo, ao tocar o corpo de Cristo”. Em seguida o Papa expressou o seu desejo de que esta cidade pudesse brilhar de “pietas” pelos que sofrem, de acolhida pelos que fogem da guerra e da morte, de disponibilidade, de sorriso e de generosidade para aqueles que perderam a esperança". Também expressou seu desejo de que a Igreja de Roma se manifeste "cada vez mais mãe amorosa para os fracos". Todos temos nossas debilidades, lembra o Papa.

Finalmente indicou o quanto gostaria que as comunidades paroquiais na oração, ao entrar um pobre na Igreja, se ajoelhassem em veneração da mesma forma que quando entra o Senhor. Quanto gostaria – acrescentou – que se tocasse a carne de Cristo presente nos necessitados dessa cidade.

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