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sexta-feira, 10 de julho de 2015

Papa Francisco: "O melhor dos vinhos ainda está por vir para cada pessoa que aposta no amor"

Resumo da homilia. Na tarde desta segunda-feira, o Santo Padre Francisco, diante de uma grande multidão, presidiu a celebração eucarística, no Parque Los Samanes em Guayaquil, terceira etapa da sua viagem ao Equador.

Roma, 06 de Julho de 2015 (ZENIT.org) Thácio Siqueira

Na tarde desta segunda-feira, o Santo Padre Francisco, diante de uma grande multidão, presidiu a celebração eucarística, no Parque Los Samanes em Guayaquil, terceira etapa da sua viagem ao Equador.

Durante a homilia a sua reflexão girou em torno ao evangelho das bodas de Caná. Esse momento – disse o papa – “permite-nos ver a ânsia de Jesus por ensinar, acompanhar, curar e alegrar a começar da súplica de sua Mãe: «Não têm vinho!»”

O Papa recordou a solicitude de Maria que não fica só criticando e falando mal da falta de preparativos da festa, mas se dá “conta da falta de vinho” e atua. Assim, perguntou-se, Quantos dos nossos adolescentes e jovens percebem que, em suas casas, há muito que não existe nenhum (vinho, ndr)! Quantas mulheres, sozinhas e tristes, se interrogam quando foi embora o amor, quando se diluiu da sua vida! Quantos idosos se sentem deixados fora da festa das suas famílias, abandonados num canto e já sem beber do amor diário dos seus filhos, dos seus netos, dos seus bisnetos”.

Nesse sentido, Maria não “é uma mãe «reclamadora», não é uma sogra que espia para se consolar com as nossas inexperiências, erros ou descuidos. Maria simplesmente é mãe!” Nesse momento o Papa convidou todos a repetirem com ele: “Maria é Mãe”.

Maria é aquela que “já deixou o problema nas mãos de Deus”. E – afirma o Papa – “Rezar sempre nos arranca do perímetro das nossas preocupações, fazendo-nos transcender aquilo que nos magoa, agita ou falta a nós mesmos para nos colocarmos na pele dos outros, calçarmos os seus sapatos”.

"Dentro da família, ninguém é descartado; todos valem o mesmo”.

Deixando um pouco o texto de lado, o Papa recordou que uma “vez perguntaram para a minha mãe ‘qual dos cinco filhos’ – nós somos cinco irmãos – ‘qual dos cinco filhos ela mais amava?’. Ela respondeu: ‘como os dedos: se espetam um, dói da mesma forma que se espetam outro’. Uma mãe quer os seus filhos do jeito que são. E numa família os irmãos se querem como são. Ninguém é descartado”.

Para o Papa “não é menos significativo o dado final: saborearam o melhor dos vinhos. E esta é a boa nova: o melhor dos vinhos ainda não foi bebido, o mais gracioso, profundo e belo para a família ainda não chegou”. Portanto Francisco afirmou que “Ainda não veio o tempo em que saboreamos o amor diário, onde os nossos filhos redescobrem o espaço que partilhamos, e os mais velhos estão presentes na alegria de cada dia. O melhor dos vinhos ainda está por vir para cada pessoa que aposta no amor”.

Logo após a benção final da missa o Santo Padre disse: "Rezo por todos vocês e pelas suas famílias e peço-lhes que não se esqueçam de rezar por mim".

Clique aqui para ler o texto completo da homilia do Papa.

(06 de Julho de 2015) © Innovative Media Inc.


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