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quinta-feira, 9 de julho de 2015

Resolução da ONU: "O terrorismo não deve ser vinculado a nenhuma religião"

Enquanto isso, 450 mil pessoas correm o risco de passar fome caso os fundos da ONU para os refugiados sejam cortados

Roma, 03 de Julho de 2015 (ZENIT.org)

Com 29 votos a favor e 6 contra, o Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas aprovou ontem, em Genebra, uma resolução sobre a grave situação dos direitos humanos na Síria e reiterou que o terrorismo, incluindo as ações do Estado Islâmico, não pode e não deve ser associado a nenhuma religião, nacionalidade ou civilização.

Enquanto isso, vem da Jordânia a notícia de que os fundos da ONU destinados aos refugiados sírios no país estão prestes a ser cortados. O alarme foi lançado por Wael Suleiman, diretor geral da Caritas Jordânia: ele explicou que 450 mil refugiados poderão em breve começar a passar fome, com consequências devastadoras até para a estabilidade do reino hachemita.


"O Programa Mundial de Alimentos da ONU alertou há uma semana que, devido à falta de recursos, vai interromper o envio de fundos para os refugiados sírios. A percentagem já tinha diminuído no último mês", disse Suleiman à Fides. "Ontem, a mídia jordaniana noticiou que, sem o dinheiro da ONU, não haverá como distribuir comida para 450 mil pessoas, que se verão forçadas a roubar para sobreviver".


São estimados em cerca de 1,4 milhão os refugiados sírios atualmente em território da Jordânia. Apenas 650 mil foram registados junto à ONU. “Esta catástrofe é também efeito das políticas e intervenções militares irresponsáveis ​​feitas no Oriente Médio pelas potências estrangeiras. Agora, depois de terem contribuído para o desastre, elas lavam as mãos do ponto de vista das emergências humanitárias”, disse Suleiman.


"É claro para todos que só uma grande conferência de paz pode iniciar processos de reconstrução para vencer esta situação insustentável. Mas também é claro que existe gente que tem interesse em perpetuar este caos. Não há dinheiro para alimentar os refugiados, mas sempre há para construir, vender e comprar armas".



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