Páginas

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Santo André Dung-Lac e companheiros mártires

A Igreja no Vietname foi fecundada pelo sangue dos mártires


“Desde 1533, ou seja, desde o início da pregação cristã no sudeste da Ásia, a Igreja no Vietname sofreu, por mais de três séculos, várias perseguições que se seguiram, sem trégua, tais como aquelas que atingiram a Igreja no Ocidente nos três primeiros séculos de vida. Milhares de cristãos foram enviados ao martírio e muitos morreram nas montanhas, nas florestas, nos territórios insalubres onde foram exilados”, recordou João Paulo II no dia 19 de junho de 1988, na homilia da missa de canonização dos 117 mártires vietnamitas.

A história religiosa da Igreja no Vietname regista cerca de 53 Editais, assinados pelos Senhores Trinh e Nguyen ou pelos reis que, por quase três séculos, XVII, XVIII e XIX (261 anos: 1625-1886) decretaram perseguição contra os cristãos, uma mais violenta do que a outra. Foram cerca de 130.000 vítimas em diversos lugares do país.

Desde o início do século XX, 117 deste grande número de heróis, cujos sofrimentos são apresentados como os mais cruéis, foram elevados aos altares pela Santa Sé em 4 ocasiões de Beatificação: Em 1900, pelo Papa Leão XIII, 64 pessoas; em 1906, pelo Papa São Pio X, 8 pessoas; em 1909, pelo Papa São Pio X, 20 pessoas; em 1951, pelo Papa Pio XII, 25 pessoas.

No local da execução do Edito real, ao lado de cada executado, está a qualificação precisa do julgamento: 75 decapitados, 22 estrangulados, 6 queimados vivos, 5 condenado a dilaceração dos membros do corpo, 9 mortes devido à tortura.

A semente da fé misturou-se na terra vietnamita com o sangue dos mártires, tanto do clero missionário como do clero local e do povo cristão do Vietname. Todos suportaram o cansaço do trabalho apostólico e enfrentaram até mesmo a morte para dar testemunho da verdade do Evangelho.

Entre todos estes mártires destaca-se André Dung-Lac, cujos pais eram pagãos e muito pobres. Confiado desde a infância a um catequista, tornou-se sacerdote em 1823 e foi pároco e missionário em várias partes do país. Salvo de prisão mais de uma vez, graças aos resgates pagos generosamente pelos fiéis, desejava ardentemente o martírio. "Aqueles que morrem por causa da fé", dizia ele, "sobem ao céu”. Sustentado por um grande zelo e pela graça do Senhor, ele foi martirizado por decapitação em Hanói, dia 24 de novembro de 1839. Data escolhida pela Igreja para celebrar André Dung-Lac e seus companheiros mártires.


in


Sem comentários:

Enviar um comentário