O governo de Al Assad e a principal aliança de oposição aderiram
ao pacto assinado por Washington e Moscovo que permite a luta contra os
grupos terroristas Isis e Jabhat al-Nusra
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| Encontro entre os presidentes Putin e Al Assad (Foto: cortesia do El Kremlin) |
Estados Unidos e Rússia anunciaram nesta segunda-feira em um
comunicado conjunto a entrada em vigor de um cessar-fogo na Síria a
partir da meia-noite do próximo dia 27. O Departamento de Estados dos
EUA foi o responsável por espalhar a notícia, depois de algumas
divergências existentes serem resolvidas, graças a uma conversa telefónica entre os presidentes Barack Obama e Vladimir Putin.
O chefe da diplomacia norte-americana, John Kerry, já tinha falado no
domingo, na capital do Reino Hachemita da Jordânia que já havia um
princípio de acordo entre Washington e Moscovo para o cesse das
hostilidades e que ambos os líderes iriam negociar os últimos detalhes
do pacto.
Pouco depois do anúncio do cessar-fogo, o presidente sírio, Bashar
al-Assad convocou eleições legislativas para o dia 13 de Abril de 2016.
Além do mais, o Governo de Al Assad manifestou que aceita o “cesse das
operações de combate” no seu território, segundo indicou o Ministério
Assuntos Estrangeiros e Emigrantes à agência de notícias SANA.
Já a Comissão Suprema para as Negociações (CSN), principal aliança da
oposição Síria, também assumiu provisoriamente este acordo.
A trégua do sábado, que se for cumprida colocaria um fim temporário a
quase cinco anos de conflito, não vale para o auto-denominado Estado
Islâmico (Daesh, no seu acrónimo em árabe) e nem para o Jabhat al-Nusra
(subsidiária do Al Qaeda na Síria), considerados grupos terrorista pela
ONU, e portanto, ambas formações jihadistas poderão continuar sendo
atacadas.
“O cesse das hostilidades será aplicado a todas as partes implicadas
no conflito sírio que tenham se comprometido a aceitar os seus termos”,
destacou o Departamento de Estado na sua nota.
A trégua deveria ter entrado em vigor na sexta-feira passada,
conforme estabelecido pelas grandes potências na cúpula em Munique, mas o
aumento dos combates sobre o terreno e o crescente envolvimento da
Turquia no conflito impediram o cesse das hostilidades.
No próximo dia 15 de Março cumpre-se um lustro do começo da guerra na Síria, que matou, até agora, mais de 260 mil pessoas.
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