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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

"O dinheiro deve servir e não mandar ou matar"

"Esta economia mata no meio do Mediterrâneo, mata nas jornadas longas demais dos jovens desempregados, mata nos bebés não nascidos e nos idosos abandonados na solidão. Mas a economia somos nós, com os nossos comportamentos de consumo e nossas políticas de desenvolvimento: levaremos ao Papa, então, o compromisso de mudar a nós mesmos para mudar as coisas".

A mensagem do Papa Francisco é revolucionária e exigente se vivida em plenitude, mas, para compreendê-la e vivê-la, é necessário ter uma mentalidade evangélica pois a Fé não é uma mera ideologia.

É no campo económico que a crise antropológica explodiu com mais virulência, negando a centralidade do trabalho e do seu primado e instaurando cada vez mais evidentemente o primado do lucro e do dinheiro. "a melhor maneira de dialogar não é falar e discutir, mas fazer algo juntos, construir juntos, realizar projectos", porque "dialogar" é "procurar o bem comum para todos".

O magistério deste Papa provoca um despertar também político. Mas nós não queremos transformá-lo num programa de partido! A questão é ir ao encontro de "um novo humanismo", com base nos "traços do humanismo cristão". (…) Superar a apatia e dizer NÃO à cultura do descarte.

No mesmo espírito, Sua Santidade convida-nos a realizar "uma Igreja inquieta, cada vez mais próxima dos abandonados, dos esquecidos, dos imperfeitos. “Eu quero uma Igreja alegre, com rosto de mãe, que compreende, acompanha, acaricia". É neste espírito que vivemos o nosso compromisso social e político.

Todos em união com o Papa Francisco para mudarmos esta economia que mata e para não apoiarmos um outro tipo de “economia” que insiste em querer legislar para poder matar, de soslaio, em jeito de caridade perversa e palavrinhas mansas tipo-morrer de forma assistida…
 

Maria d´Oliveira





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