O caso mais recente é o da detenção de Yan Xin, segundo informa a
fundação pontifícia AIS, um proeminente colunista que publicou
recentemente uma carta aberta em que criticava as políticas do
presidente chinês, Xi Jinping, sugerindo a sua demissão “para o bem” da
China
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| Foto: Fundação AIS |
São cada vez mais frequentes as notícias da prisão na China de
pessoas relacionadas com algum tipo de contestação ao poder absoluto com
que Pequim governa o país.
O caso mais recente é o da detenção de Yan Xin, segundo informa a
fundação pontifícia AIS, um proeminente colunista que publicou
recentemente uma carta aberta em que criticava as políticas do
presidente chinês, Xi Jinping, sugerindo a sua demissão “para o bem” da
China.
Segundo o seu advogado, Yan Xin foi preso quando tentava embarcar de
Pequim para Hong Kong, não tendo as autoridades policiais fornecido
quaisquer detalhes concretos das razões da prisão.
O polémico texto contestando as políticas governamentais foi
publicado no site “Watching”, também conhecido como “Wujie News”, no
passado dia 4 de Março, tendo Yan Xin defendido a renúncia do presidente
chinês, acusando-o de “culto de personalidade” e de ter “acumulado”
muito poder nos últimos anos.
A prisão de Yan Xin, é apenas o mais recente episódio do que parece
ser uma campanha das autoridades comunistas contra diversos sectores da
sociedade ligados à defesa dos direitos dos cidadãos.
Tal como a Fundação AIS
também noticiou recentemente, foram detidos na China, apenas desde
Julho do ano passado, cerca de 250 advogados relacionados na sua maioria
com processos que envolvem precisamente questões de liberdade de
expressão ou de culto.
Efectivamente, os casos mais graves no que diz respeito à liberdade
religiosa têm ocorrido na província de Zhejiang, com uma agressiva
campanha das autoridades de remoção de cruzes das igrejas.
Só desde o início do corrente ano, calcula-se que terão sido
removidas cerca de meia centena de cruzes das igrejas e templos cristãos
nesta província chinesa.
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