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sábado, 23 de abril de 2016

Parlamento britânico aprova moção em que os jihadistas são acusados de “genocídio” dos cristãos no Médio Oriente

O documento permite agora ao governo britânico falar em “genocídio” no Conselho de Segurança das Nações Unidas

  Notícias do Mundo

Foto: AIS
Foi votada nessa quarta-feira, 20, por unanimidade uma moção, na Câmara dos Comuns, em que se apela ao Governo britânico para reconhecer como “genocídio” os actos perpetrados pelos jihadistas do auto-proclamado “Estado Islâmico” contra “cristãos, yasidis e outras minorias étnicas e religiosas”.

O documento, seguindo tomada de posição semelhante ocorrida entretanto no Parlamento Europeu e na Câmara dos Representantes, nos Estados Unidos da América, permite agora ao governo britânico falar em “genocídio” no Conselho de Segurança das Nações Unidas, de forma a atribuir competência para que o Tribunal Penal Internacional possa agir.

O documento, subscrito por dois parlamentares, Ben Smith e Arabella Lang, elenca inúmeras atrocidades cometidas pelos jihadistas contra cristãos e membros de outras minorias religiosas nos territórios que controlam no Iraque e na Síria, classificando-as como “atrocidades”.

No texto, objecto ontem de discussão e votação, afirma-se que a Câmara dos Comuns “acredita que os cristãos, yazidis e outras minorias étnicas e religiosas no Iraque e na Síria têm vindo a sofrer um genocídio nas mãos de Daesh (jihadistas do auto-proclamado ‘Estado Islâmico’)”, e insta o Governo a “fazer um encaminhamento imediato ao Conselho de Segurança das Nações Unidas, com vista à atribuição de competência ao Tribunal Penal Internacional para que os autores podem ser levados à justiça”.

No documento, recorda-se que, segundo a Convenção de 1948, o genocídio é definido como “assassinatos em massa ou outros actos destinados a destruir um grupo particular de pessoas”, e que os Estados devem prevenir ou punir o genocídio, individualmente ou através da ONU e que o Tribunal Penal Internacional deve ser envolvido nesta matéria.


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