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quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Alentejo: Turismo de natureza e biodiversidade em Serpa

Foto: Festival Terras Sem Sombra
Beja, 10 ago 2016 (Ecclesia) – A direção do ‘Festival Terras Sem Sombra’, da Diocese de Beja, aconselha para as férias de verão uma visita à serra de Serpa, ao microclima de Limas e ao Acidente Geológico do Pulo do Lobo.

Na mais recente edição do Semanário digital ECCLESIA, o ‘Festival Terras Sem Sombra’ explica que o rio Guadiana ganha “outro vigor ao atingir o Pulo do Lobo” onde inicia a escavação do seu leito primitivo e forma uma “garganta escarpada de 20 metros de altura” que acompanha o curso fluvial até à proximidade de Mértola.

Depois, assinalam-se o rio precipita-se “num turbilhão”, de cerca de 16 metros de altura, sobre o pego do Sável onde molda os quartzitos “formando as marmitas de gigante” até avançar pelo vale encaixado da corredora, ao longo de quatro quilómetros.

“Ao constituir um obstáculo natural à progressão para montante dos peixes migradores que sobem o rio para desovar, o pego torna-se uma armadilha natural para a ictiofauna (sável, lampreia”, observa a direção do festival que alia cultura, património e defesa da biodiversidade promovido pelo Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja.

No artigo de opinião que guia o visitante à serra de Serpa, ao microclima de Limas e ao Acidente Geológico do Pulo do Lobo destaca-se ainda que “aliada” à interpretação geomorfológica do local é possível encontrar “vestígios milenares da presença humana” gravados na rocha e crustáceos contemporâneos dos dinossauros.

Nas margens do vale antigo do rio, encontramos os segmentos de habitat menos tocados do Parque Natural do Vale do Guadiana, o Matagal mediterrânico, acrescenta.

O Departamento do Património Histórico e Artístico, da Diocese de Beja, que colaborou na elaboração da encíclica ‘Laudato Si’, através dos consultores para a biodiversidade do festival, começa o seu artigo por citar o número 37 do documento do Papa Francisco: “Alguns países fizeram progressos na conservação eficaz de certos lugares e áreas – na terra e nos oceanos –, proibindo aí a intervenção humana que possa modificar a sua fisionomia ou alterar a sua constituição original.”

A mais recente edição do Semanário digital ECCLESIA sugere 20 locais, um por cada diocese, para visitar e ficar a conhecer Portugal, propondo ainda a descentralização de destinos em tempos de férias e desafiando as pessoas a considerarem nas suas escolhas turísticas as chamadas “periferias”.

CB



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