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segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Da pertinência de pensar o óbvio

A propósito do Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozono que é comemorado a 16 de Setembro

O diálogo inter-religioso pode salvar o meio ambiente?

O presidente da Pontifícia Academia de Ciências do Vaticano, o arcebispo Marcelo Sánchez Sorondo, afirmou no discurso de abertura do Seminário Internacional de Ciência e Religiões pelo Meio Ambiente, realizado no Santuário de Torreciudad (Huesca, Espanha),que o diálogo inter-religioso deve “passar à acção conjunta para salvar o meio ambiente”.

Este encontro reuniu cientistas e líderes religiosos de 15 países e oito confissões religiosas para dialogarem sobre o modo e a forma como a ciência e as principais religiões podem colaborar na conservação do planeta Terra.

O cuidado do meio ambiente é um ponto de encontro não apenas para o diálogo inter-religioso, mas também para o trabalho conjunto das diferentes religiões, pelo que destacaram a importância da Encíclica do Papa Francisco Laudato Si como uma ecologia de forma integral, na medida em que “os problemas da mudança climática agravam os problemas sociais, especialmente as novas formas de escravidão”.

A ciência explica a importância do problema ambiental, mas as visões éticas das tradições religiosas têm a faculdade de influir nas opiniões para criar um mundo sustentável e em paz. “É importante que a ciência e as religiões entendam que a crise ambiental é um grito da terra e um grito dos homens”.

É mister a pertinência deste seminário para que “os líderes religiosos conheçam as evidências científicas dos problemas ambientais e para que os cientistas valorizem a colaboração das diferentes tradições religiosas, fomentando uma mudança de acção do homem na natureza, aprendendo a celebrar a vida uns com os outros, a amarem-se mutuamente e, todos juntos, cuidarem da natureza”.

José M. Esteves



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