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quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Vaticano: Papa Francisco destaca esperança cristã em Deus contra os falsos ídolos

Foto Lusa, Audiência Geral de 11 de janeiro de 2017
Na audiência publica semanal desta quarta-feira

Cidade do Vaticano, 11 jan 2017 (Ecclesia) – O Papa Francisco desenvolveu o tema da esperança cristã na sua catequese semanal onde alertou cerca de seis mil peregrinos para as falsas esperanças que se depositam nos ídolos. 

“É importante que essa esperança seja colocada no que realmente pode ajudá-lo a viver e dar significado à nossa existência. É por isso que a Escritura adverte contra falsas esperanças que o mundo apresenta, expondo a sua inutilidade e mostrando a falta de sentido”, explicou esta manhã na Sala Paulo VI.

Na catequese, o Papa referiu-se à esperança, que é uma “necessidade humana básica - esperança para o futuro, acreditar na vida, o «pensamento positivo»” – e desenvolveu o tema a partir da perspetiva cristã.

Segundo o pontífice argentino, a Palavra de Deus faz essas advertências de “muitas maneiras” especialmente na denuncia da “falsidade” dos ídolos em que o homem continuamente tenta colocar a sua confiança.

“A fé é confiar em Deus”, acrescentou Francisco, observando que é nas dificuldades da vida que cada pessoa “experimenta a fragilidade dessa confiança” e é tentada “a procurar consolações” em coisas efémeras que “parecem preencher o vazio da solidão e aliviar a fadiga”.

“Pensamos ser capazes de encontrar a segurança que eles podem dar no dinheiro, em aliança com os poderosos, no mundanismo, nas falsas ideologias”, sublinhou.

Neste contexto, alertou para as ideologias com “reivindicação absoluta, riqueza, poder e sucesso, com a ilusão de eternidade e omnipotência, valores como a beleza física e saúde” e destacou a sabedoria do salmo 115 que “retrata de forma muito sugestiva a falsidade desses ídolos que o mundo oferece”.

Para o Papa Francisco a mensagem do salmista “é muito clara” ao denunciar a idolatria porque quem colocar a esperança em ídolos “torna-se semelhante a essas imagens” que são “ocas” com mãos que não se tocam, pés que não andam, bocas que não podem falar.

“Você não tem mais nada a dizer, torna-se incapaz de ajudar, para mudar as coisas, para sorrir, para dar a si mesmos, para amar”, acrescentou, assinalando que as pessoas da Igreja têm de estar no mundo mas defenderem-se das suas “ilusões”.

Na saudação aos peregrinos de língua portuguesa, Francisco destacou a presença dos membros do Grupo de Cavaquinhos de Passos de Silgueiros.

“Sobre os vossos passos, invoco a graça do encontro com Deus: Jesus Cristo é a Tenda divina no meio de nós. Ide até Ele, vivei na sua amizade e tereis a vida eterna. Sobre vós e vossas famílias desça a Bênção de Deus”, disse o pontífice argentino.

O Papa Francisco alertou ainda no final do encontro que as audiências públicas semanais de quarta-feira no Vaticano são gratuitas, como informa o bilhete de entrada, e alertou os peregrinos para não se deixarem enganar.

CB

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