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quinta-feira, 23 de março de 2017

Audiência Geral: Todos temos necessidade de ser carregados pelo Bom Pastor

O Papa Francisco continuou na Audiência Geral desta quarta-feira, seu ciclo de catequeses sobre a esperança cristã



(ZENIT – Cidade do Vaticano, 22 Mar. 2017).- O Papa Francisco continuou na Audiência Geral desta quarta-feira, seu ciclo de catequeses sobre a esperança cristã, lembrando a perseverança e a consolação, tratadas pelo Apóstolo Paulo na Carta aos Romanos.

“É nas Escrituras que o Pai do Senhor nosso Jesus Cristo se revela como Deus da perseverança e da consolação” disse o Papa aos cerca de 15 mil fieis presentes na Praça São Pedro.

E lembrou que “a perseverança ou paciência, é a capacidade de suportar, permanecer fiel, mesmo quando o peso é demasiado grande e somos tentados a abandonar tudo.”

A consolação, por sua vez, “é a graça de saber perceber e manifestar a presença e a ação compassiva de Deus, em todas as circunstâncias, mesmo quando marcadas pela decepção e sofrimentos. Deste modo nos tornamos fortes, a fim de poder permanecer próximos aos irmãos mais fracos, ajudando-os em suas fragilidades”.

“A Palavra de Deus, em primeiro lugar, nos leva a dirigir o olhar a Jesus, a conhecê-lo melhor a conformar-nos a Ele, a nos assemelhar a Ele. Em segundo lugar, a Palavra nos revela que o Senhor é realmente ‘o Deus da perseverança e da consolação’, que permanece sempre fiel ao seu amor por nós e que cuida de nós, cobrindo as nossas feridas com o carinho da sua bondade e da sua misericórdia”.

Explicou assim que a expressão de São Paulo ‘nós que somos fortes, devemos suportar a fraqueza dos fracos e não procurar o que nos agrada,’ poderia parecer presunçosa, “mas na lógica do Evangelho sabemos que não é assim, é justamente o contrário, pois sabemos que a nossa força não vem de nós, mas do Senhor”.

“Quem experimenta na própria vida o amor fiel de Deus e a sua consolação é capaz, ou melhor, tem a obrigação de estar próximo aos fieis mais frágeis, assumindo as suas fragilidades. E pode fazer isto sem autosatisfação, mas sentindo-se simplesmente como um ‘canal’ que transmite os dons do Senhor; e assim se torna concretamente um ‘semeador’ de esperança”.

E alerta que o fruto deste estilo de vida não é uma comunidade “em que alguns são de ‘série A’, isto é os fortes, e outros de ‘série B’, isto é, os fracos. O fruto, ao contrário, como diz São Paulo, ‘é ter os mesmos sentimentos uns com os outros’. A Palavra de Deus alimenta uma esperança que se traduz concretamente na partilha e no serviço recíproco”.

“Porque também quem é ‘forte’ experimenta cedo ou tarde a fragilidade e tem necessidade do conforto dos outros; e vice-versa na fraqueza se pode sempre oferecer um sorriso ou uma mão ao irmão em dificuldade. E é uma comunidade assim ‘que a uma só voz dá glória a Deus’. Mas tudo isto é possível somente se coloca no centro Jesus e a sua Palavra. Somente Ele é o ‘irmão forte’ que cuida de cada um de nós. De fato, todos temos necessidade de ser carregados pelo Bom Pastor e de sermos envolvidos pelo seu olhar terno e cuidadoso”.

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